Santana do Rio das Velhas, Santana da Barra do Rio das Velhas, Aldeia de Santana do Rio das Velhas, Santana da Aldeia da Barra do Rio das Velhas, Barra do Rio das Velhas, Aldeia da Barra do Rio das Velhas, são as denominações que se encontram nos vários documentos ao aldeamento de indígenas, fundado, segundo algumas opiniões, por Antônio Pires do Campos, em 1750.
A aldeia foi logo confiada aos jesuítas, que aí tiveram como primeiro superior, Pe. José de Castilho. Sete anos depois, exatamente em 1757, teve início a terrível perseguido aos jesuítas, que foram forçados a abandonar a aldeia. Os últimos missionários que dirigiram o aldeamento foram Pe. Manoel da Cruz, superior e Pe. Francisco José, seu companheiro. (Serafim Leite, S. J., História da Companhia de Jesus, vol. 6).
Merece todo acatamento a opinião do Pe. Serafim Leite, que também menciona a data de 1750 para a fundação da aldeia de Santana por Antônio Pires de Campos, tendo sido, em seguida confiada aos jesuítas. Isso porque Saint Hilaire fornece informação diferente, quanto à data; diz o escritor francês: “As tradições unânimes dos índios bororos atribuem aos jesuítas a primeira fundação da aldeia de Santana”. E acrescenta: “Impossível que essa tradição não seja fiel”.
Refere-se ao ano de 1741 para acrescentar que “antes dessa época, os jesuítas já tinham formado uma aldeia composta de índios no litoral, no local denominado Santana”. Informa Saint Hilaire que, segundo as mesmas tradições, “o povoado foi a princípio habitado por índios do litoral” (Viagem às nascentes do Rio S. Francisco). Depois que ficaram sem os seus naturais protetores, os jesuítas, foram os índios perdendo paulatinamente suas terras, com o avanço sistemático dos brancos. Em 1833, o Comandante Regente do Distrito, Manoel José de Almeida, dirigia-se ao Presidente da Província, denunciando os nomes dos que avançavam em terras dos índios, incluindo, entre os intrusos, o próprio Juiz de Paz, Joaquim Rodrigues de Resende. Acrescentava em seu ofício: “Mais de 50 fazendeiros avexam os índios”. (A.P.M., 1833, maço-Fôrça Pública e Guarda Nacional).
As reclamações continuaram nos anos seguintes: dois índios tiveram suas choças destruídas por Antônio Rodrigues Tosta, José Gonçalves Chaves, Miguel Rodrigues da Silva e mais camaradas, a mando de Antônio do Vale Pereira. (A.P. M., cód. 127, Provincial, fl. 93v. e 94). Em 1836, a própria Câmara de Araxá é que propôs ao govêrno a dispersão dos índios (Avulsos, A.P.M.). Em 1840, foi o curato elevado a paróquia (lei nº 184, de 3 de abril de 11840), com o título de freguesia dos índios da Aldeia de Santana do Rio das Velhas.
Segundo informação de Pizarro, a paróquia existira antes, erigida por provisão de 2 de setembro de 1761 (Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 59 vol. pág. 112). Segundo um relatório datado de Uberaba, em 25 de julho de 1846, havia, na aldeia de Santana do Rio das Velhas, 424 índios; o relatório informa que as melhores terras de cultura estão sendo tomadas pelos brancos (A.P.M. avulsos) Quando Castel-nau visitou a aldeia, registrou sua impressão:” de índigena só tem o nome, pois é hoje habitada apenas por brasileiros” (Expedição às Regiões Centrais da América do Sul).
Em 1852, o vigário, Pe. Manoel Rodrigues da Paixão, fazia um apelo ao governo: a Matriz, pronta em 1840, com tanto zelo, está em ruínas; depois daquela data não houve qualquer auxílio do governo. Em 1864, a lei n° 1.195, de 6 de agosto, transferiu a sede da freguesia para o vizinho distrito do Brejo Alegre.
Um comovente pedido foi dirigido à Assembléia Provincial, em 1870, no sentido de ser restaurada a fregue-sia; alegaram os signatários que Brejo Alegre ficava a 12 léguas de distância. E, no mesmo ano de 1870, a lei nº 1.657, de 14 de setembro, restaurou a freguesia, que passou a ter, como vigário, Pe. José Martins Carrijo.
Em 1882, com a lei nº 2.996, de 19 de outubro, foi criado o município de Araguari e o distrito de Santana do Rio das Velhas passou a pertencer a este município. O decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, elevou Santana do Rio das Velhas a cidade, criando o município, desmembrado do de Araguari, quando recebeu a denominação de Indianópolis. Fica no Alto Paranaíba.
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