José Rodrigues Betim, paulista, filho de Garcia Rodrigues Velho e de d. Maria Betim, foi um dos grandes sertanistas, que devassaram o território de Minas Gerais. Andou pelo Jequitinhonha e, nos primórdios do século XVIII, estava localizado onde é hoje a atual cidade de Betim, com seus parentes, grupo numeroso que o acompanhava. Em data de 14 de setembro de 1711, é lhe concedida a sesmaria “entre o Paraopeba e a estrada que vai para as Abóboras” (Rev. A.P.M., III, 30). Pediu três léguas, pois estava com “quantidade de família de filhos e filhas e genros”; mas Antônio de Albuquerque concedeu-lhe duas léguas (Rev. A.P.M., III).
Um desses genros era Antônio Pompéu Taques, casado com d. Escolástica Betim; foi também grande sertanista e, segundo Diogo, foi célebre por suas prodigalidades e riquezas colossais (Hist. Ant. de M.G., 238).
Tão logo teve notícia do descoberto de Pitangui, para lá seguiu José Rodrigues Betim, com seu genro e, nos levantes de 1719, ficou com o sogro, Francisco Bueno de Camargo, do lado do governo. Diogo de Vasconcelos informa que José Rodri-gues Betim, com membros de sua família, fundaram o arraial da Capela Nova (ob. cit., 239); e informa também, em outro local, que Antônio Pompéu Taques fundou o arraial.
Acreditamos que apenas iniciaram o povoamento, que foi lento. Assim é que a sesmaria obtida por Manoel Barbosa de Vasconcelos, em 1741, (Cód. 10, fls. 19v., A.P.M.), e vendida a Francisco de Faria Rocha, a quem foi concedida, em 1747, faz referência apenas ao córrego do “Betil”, “correndo para a banda do Paraopeba” (Rev. A.P.M., X, 98). A capela, filial da freguesia do Curral dei Rei, foi erigida por provisão episcopal de 9 de novembro de 1754. Então é que se teria formado o arraial e muito lentamente, pois, só foi elevado a freguesia com o título de Capela Nova de Betim, por lei provincial n° 522, de 23 de setembro de 1851. Era, então, município de Sabará. Foi canônicamente instituída a 9 de outubro do mesmo ano (Con. Trindade, ob. cit.).
Seu primeiro vigário colado foi Pe. Manoel Roberto da Silva Diniz, que antes já vinha servindo como vigário encomendado. A lei n° 843, de 7 de setembro de 1923, mudou a denominação para Capela Nova (então, no município de Santa Quitéria). O decreto-lei n° 148, de 17 de dezembro de 1938, novamente alterou a denominação, mudando para Betim; e, pelo mesmo ato, foi criado o município de Betim, desmembrado do municí-pio de Esmeraldas (antiga Santa Quitéria). Fica na zona Metalúrgica e, hoje, é quase subúrbio de Belo Horizonte. É constituído de apenas o distrito da cidade. O termo “Betim”, tirado do nome do grande sertanista, “é alteração do nome Bentink, da família dos condes de Bentink… oriundos da província de Gueldres, nos Países Baixos” (Diogo de Vasconcelos, Hist. Ant. de Minas Gerais, 43). O mesmo autor informa que os progenitores vieram para o Brasil, por ocasião da invasão holandesa. Francisco de Assis Carvalho Franco, citando a Rev. do I.H.G.B., CLIX, 24, informa, porém, que o tronco dos Betins é oriundo de Geraldo Beting, natural de Guelder, que veio para São Paulo, em 1609, com o governador d. Francisco de Souza, que o trouxe para levantar engenhos de ferro na capitania (Dicionário de Bandeirantes e Sertanistas do Brasil).
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