A segunda metade do século XVIII caracterizou-se por um movimento de expansão no povoamento da capitania, resultado justamente do empobrecimento das minas. Quatro irmãos, Amaro da Costa Guimarães, José da Costa Guimarães, João da Costa Guimarães e Joaquim da Costa Guimarães, obtiveram sesmarias, em 1785, no território justamente ocupado hoje pelo município de Dores do Indaiá.
Em seus pedidos, todos se diziam moradores ali “há mais de vinte anos”. No de Amaro da Costa Guimarães, porém, êste se dizia o “primeiro povoador” daquele sertão. Amaro tinha sua sesmaria entre o rio S. Francisco, ribeirão das Antas e ribeirão do Jorge; as terras de João ficavam além das de Amaro, a partir do ribeirão das Antas; José estabeleceu-se mais adiante, além do ribeirão dos Porcos, incluindo parte do território do atual município de Estrêla do Indaiá; Joaquim fixou-se entre as terras de João e as de José em território que se prolongava até o sopé da serra, atingindo parte do território do atual município de Serra da Saudade.
Houve anterior tentativa de povoamento, que não deixou raízes; o abridor do caminho de Pitangui a Paracatu, em 1736, obteve, com data de 1738, uma sesmaria que ficou entre o ribeirão das Antas e o dos Veados, fundando o sítio que ele denominou Pé da Serra. Provavelmente a hostilidade do gentio — ainda existe, perto da cidade, um local denominado Tapuias — impediu que essa primeira tentativa frutificasse. Outros fazendeiros, nas duas últimas décadas do século XVIII, aí se foram estabelecendo: Manoel da Costa Mascarenlaas, Manoel Batista Gomes, Antônio Pereira de Castro, Teodósio Cardoso de Aguiar, Manoel Martins, Manoel Joaquim de Souza, José Gomes de Moura etc.
Nos últimos anos do século XVIII, um grupo de fazendeiros decidiu-se a levantar a capela: Mariano Ferreira do Amaral, Antônio de Souza Fernandes, Albino José Pinto Coelho, Manoel Lino Fiúza, Manoel Alves Cirino e outros discutiram longamente o assunto, cada qual pleiteando a honra de doar o patrimônio ou a comodidade de ter a capela nas proximidades da fazenda. Chegou a ser iniciada a construção na fazenda de Santa Fé, onde um córrego conserva o nome de córrego “da Matriz”. Mas a maioria optou por outro local mais acessível a todos, justamente em terras de Manoel Correia de Souza, que foi o doador do patrimônio. Construída a capela dedicada a N. Sra das Dores, por volta de 1798 ou 1799, lentamente se foi formando o arraial.
Por ato de 16 de julho de 1803, foi nomeado primeiro guarda-mor substituto das terras e águas minerais do distrito da Capela de Nossa Senhora das Dores, João da Costa Bicudo. Arruinada esta capela e criada a paróquia pelo Bispo de Pernambuco, em 1805, foi dado início à construção de outra igreja, tendo por orago S. Sebastião. O arraial denominava-se Boa Vista. Apesar do que se vê em certas publicações, não houve ato criando o distrito, termo já empregado em 1803, no ato de nomeação do primeiro guarda-mor substituto. Apenas a lei n. 52, de 9 de abril de 1836, determinou: “Ficam reduzidos a um, no município de Pitangui, os distritos de Nossa Senhora do Indaiá”.
Denominado a princípio Boa Vista, aos poucos passou a ser chamado arraial das Dores e, finalmente, Dores do Indaiá Foi este arraial o foco liberal, onde se centralizou, na zona, o movimento em favor da Revolução Liberal de 1842. Tomou parte ativa no movimento e seus chefes foram presos de armas na mão. A lei n° 472, de 31 de maio de 1850, elevou-o a vila, criando o município desmembrado do de Pitangui. Mas a lei exigia que os moradores construíssem, a sua custa, o prédio para Câmara e Cadeia.
E como a construção não fora providenciada, a lei nº 524, de 23 de setembro de 1851, suprimiu a vila de Dores do Indaiá. Pouco depois, a lei n° 623, de 30 de maio de 1853, restaurou a vila, que foi instalada a 2 de dezembro de 1854. Compreendia, então, o município de Dores do Indaiá a freguesia de Dores do Indaiá, com os distritos da sede, Tiras, Quartel Geral do Espírito Santo do Indaiá, Marmelada, São Sebastião do Pouso Alegre (São Gotardo) e a freguesia de Morada Nova, com os distritos de Morada Nova e Areado. Com a ascensão dos conservadores ao poder (1868), os chefes políticos desse partido, em Pitangui, pleitearam e conseguiram fosse a sede da vila transferida para Abaeté (lei n. 1.635, de 15 de setembro de 1870).
Com isto, queriam impedir a vitória dos liberais, de que Dores do Indaiá continuava sendo foco. Em Abaeté havia três líderes conservadores que prometiam vitória para o partido no município. Alguns anos depois, morre um dos chefes conservadores de Abaeté, David José Pereira; o outro, Pe. Kerdole Dias Maciel, foi enviado para outra freguesia; e o terceiro, capitão João Roberto de Herédia Mendes Ribeiro, muda-se para Dores do Indaiá.
Os chefes políticos do partido, em Pitangui, com sucessivos e contínuos pedidos aos deputados conservadores da Assembleia Provincial, conseguiram, então, voltasse a sede da vila para Dores do Indaiá. Assim, surgiu a lei n9 2.651, de 4 de novembro de 1880, criando novamente o município e elevando Dores do Indaiá a vila. A lei n° 3.333, de 8 de outubro de 1885, elevou Dores do Indaiá à categoria de cidade. Instalado o novo município, teve como primeiro Presidente da Câmara e Agente Executivo Municipal, Narciso Pereira da Costa.
A lei nº 843, de 7 de setembro de 1923, mudou a denominação para Indaiá; com a reação do povo do lugar, voltou a denominação antiga — Dores do Indaiá — com a lei nº 921, de 24 de dezembro de 1926. Fica na zona do Alto São Francisco. O município só tem o distrito da sede.
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