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Pará de Minas

Uma provisão citada pelo Cônego Trindade, de 3 de julho de 1772, contém autorização para a criação de uma capela, no lugar do Patafúfio, na freguesia de Pitangui, com a invocação “que escolheram os moradores e no sítio que marcar o Pe. João Pimenta da Costa”. O mesmo Cônego historiador chama a atenção para a grafia mais antiga que era Patafúfio; mais tarde, ora se vê Patafúfio, ora Patafufo; o historiador de Pará de Minas, Theófilo de Almeida, salienta, da mesma forma, que a designação inicial foi Patafúfio e não Patafufo.

O povoado deve ter surgido nos últimos anos do século XVIII; a criação da Companhia de Ordenanças era o sinal do aparecimento de qualquer povoação; ora, atendendo à solicitação do capitão-mor de Pitangui, Francisco José da Silva Capanema, que propunha a criação de uma Companhia de Ordenança, no distrito de Patafufo, o governador Bernardo José de Lorena, em 19 de fevereiro de 1799, dirigia-se à Câmara daquela vila, determinando fôsse feita a indicação de três pessoas “mais idôneas” para os postos de comando (Cód. 277, fls. 40, A.P.M.). 

A tradição local, que pode ou não ter fundo de verdade, reza que o primeiro morador da região, um tal Manoel Batista que, gordo, baixote, vaidoso de seus haveres, era conhecido pelo apelido de Pato-Fofo e teria sido o doador do patrimônio para a primitiva capela (José Tarcísio de Almeida Melo, Diário da Assembléia, 7-10-1965). 

“A lenda ou tradição oficializada com que se apresenta o Pará de Minas na Enciclopédia dos Municípios, publicidada pelo IBGE, e que se ensina nos Grupos Escolares, e que todos nós, os paraenses, repetimos, conta que um mercador português de nome Manoel Batista, alcunhado o Pato-Fofo, se instalou por aqui, para comerciar com paulistas e forasteiros e que, abandonando depois o comércio, passou a explorar a fazenda à beira do ribeirão Paciência (Theófilo de Almeida, ob. cit.). Surgiu o povoado que foi crescendo lentamente; com o correr dos anos, casas melhores foram sendo construídas; “algumas já demolidas, outras que sobrevivem, a começar, vindo do bairro do Alto, pela velha casa hoje da família de Adelino Ferrão Castelo Branco, no início da atual rua S. José, considerada como sendo a mais antiga vivenda e moradia do suposto fundador do arraial” (Theófilo de Almeida, ob. cit.). 

A paróquia, com a denominação de N. Sra da Piedade do Patafufo, foi criada pela lei n° 312, de 8 de abril de 1846. Foi a freguesia elevada à condição de vila, com a criação do município, desmembrado do de Pitangui, com a lei nº 386, de 9 de outubro de 1848. Entretanto, a não construção de Casa da Câmara e Cadeia, pelos moradores, como então se exigia, ocasionou a supressão da vila, com a lei n° 472, de 31 de maio de 1850. A lei n° 882, de 8 de junho de 1858, restaurou a vila de “Pataffflo”, com a denominação de vila do Pará; a mesma lei mudou a denominação da paróquia para N. Sra. da Piedade do Pará. 

A vila foi instalada a 20 de setembro de 1859, em solenidade presidida pelo dr. Francisco Cordeiro de Campos Valadares, presidente da Câmara da cidade de Pitangui, que empossou a primeira Câmara constituída dos seguintes eleitos: Francisco de Assis dos Santos, Antônio José de Abreu e Silva, Fidélis Evaristo, Firmiano Ribeiro, Francisco Esteves Rodrigues, Manoel Teixeira Duarte, Belmiro José Pinto Coelho, os quais escolheram o primeiro, Francisco de Assis dos Santos, para presidente e Agente Executivo Municipal. 

Nesta época, o município de Pará era constituído de quatro paróquias e 7 distritos: paróquia e distrito de N. Sra. da Piedade do Pará, que compreendia também os distritos de Santo Antônio do Rio Acima, e Santo Antônio do Pequi; paróquia e distrito de Santana do Rio São João Acima, que compreendia também o distrito de Cajuru ou Carmo do Pará; paróquia e distrito de São Gonçalo do Pará; e paróquia e distrito de Morro de Mateus Leme (Avulsos, A.P.M.). Vítima das injunções políticas da época, foi o município do Pará suprimido pela lei nº 1.889, de 15 de julho de 1872, incorporando-se seu território ao de Pitangui. 

O município do Pará foi restabelecido pela lei nº 2.081, de 23 de dezembro de 1874. Foi a vila do Pará elevada à categoria de cidade pela lei nº 2.416, de 5 de novembro de 1877. A denominação foi mudada para Pará de Minas, pela lei 119 806, de 22 de setembro de 1921. O município de Pará de Minas fica na zona Metalúrgica, a 80 km de Belo Horizonte, por rodovia, e a 105 km, pela V.F.C.O. O município é constituído de quatro distritos: Pará de Minas, Ascensão, Carioca e Córrego de Barro.

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