Em 1846, chega à Assembléia Provincial um pedido: Luís Gonzaga de Jesus e Silva, por si e pelos demais habitantes, pede a criação da freguesia na Aplicação de São Francisco das Chagas do Campo Grande (Avulsos A.P.M.). E, nesse mesmo ano de 1846, com a lei n° 312, de 8 de abril, foi o distrito de São Francisco das Chagas, no município de Araxá, elevado a paróquia.
Foi imediatamente provisionado como primeiro vigário da nova freguesia, pelo bispo de Goiás, D. Francisco, o Pe. José de Brito Freire e Vasconcelos; entretanto, vivia como capelão, em São Francisco das Chagas, havia mais de 24 anos, o Pe. Antônio Pinto Ribeiro, estimadíssimo de todos.
O povo e as autoridades locais dirigiram um apelo ao prelado, pedindo a provisão de vigário para o antigo capelão. Também o Presidente da Província dirigiu-se ao Bispo no mesmo sentido. D. Francisco, em ofício de 31 de maio de 1848, comunicava ao presidente da Província haver cassado a provisão do Pe. José de Brito Freire e Vasconcelos e provisionado o Pe. Antônio Pinto Ribeiro, que foi, na realidade o 19 vigário (A.P.M., maço-Papéis Diversos, 1848). A lei n9 347, de 20 de setembro de 1848, elevou o arraial de São Francisco das Chagas à categoria de vila, criando o município desmembrado do de Araxá, com a denominação de São Francisco das Chagas do Campo Grande.
Tinha a vila, nesse ano, 948 votantes qualificados (Avulsos, A.P.M.). A lei n9 472, de 31 de maio de 1850, suprimiu a vila cujo território voltou a fazer parte do município de Araxá; pela mesma lei, foi a sede da paróquia transferida para Santo Antônio dos Tiros.
Em 1853, a lei n° 654, de 17 de junho, elevou o curato novamente a paróquia. E a lei nº 999, de 30 de junho de 1859, restaurava o município, elevando S. Francisco das Chagas do Campo Grande a vila.
A instalação da primeira Câmara deu-se a 6 de junho de 1861, conforme se verifica pelo seguinte Termo de juramento e posse: Aos seis dias do mês de junho de 1861,… nesta vila de São Francisco das Chagas do Campo Grande, criada em virtude da lei nº 999, de 30 de junho de 1859, em o Paço da Câmara, achando-se presentes o Comandante Superior, Fortunato José da Silva Botelho, Presidente da Câmara de Araxá, tomou o mesmo presidente assento à mesa, tendo a seu lado o Presidente da nova Câmara Municipal, Capitão Antônio José Coelho e, do outro lado, os vereadores, Tte. Cel. João Bento Pereira, Tte. Cel. Francisco José de Dima, Joaquim Rodrigues de Azevedo, Revdo.
João Gonçalves de Freitas, Revdo. Francisco Alves da Cunha Menezes, Capitão Antônio Mendes de Carvalho. (Cód. Prov. 901, A.P.M.). Novamente foi suprimida a vila, com a lei n9 1639, de 13 de setembro de 1870. A freguesia, também suprimida, foi em seguida restaurada pela lei n° 1821, de 2 de outubro de 1871. E a vila foi restaurada pela lei n9 2.032, de 1° de dezembro de 1873, quando o município ficou composto da freguesia da vila e da do Carmo do Arraial Nôvo e dos distritos do Areado, Tiros e São Sebastião da Confusão. A lei nº 2.306, de 11 de julho de 1876, transferiu a sede da vila para o arraial do “Carmo do Arraial Novo”, com a denominação de Carmo do Paranaíba.
E São Francisco das Chagas passou à condição de distrito de Carmo do Paranaíba. Nesta condição ficou até que a lei n9 556, de 30 de agosto de 1911, criou o município de Rio Paranaíba, “composto dos distritos de São Francisco das Chagas (sede), São Gotardo e São Jerônimo, desmembrados do município de Carmo do Paranaíba. Pela quarta vez, foi a vila suprimida e a sede transferida para São Gotardo, pela lei n9 622, de 18 de setembro de 1914. Desapareceu o município de Rio Paranaíba e São Francisco das Chagas passou a distrito do município de São Gotardo. Pela quinta vez (e última), foi criado o município, com a lei n° 843, de 7 de setembro de 1923. Rio Paranaíba fica no Alto Paranaíba; é constituído de dois distritos: Rio Paranaíba e Abaeté dos Mendes.
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